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O livro

VOL. 1 CELESTINA EM LISBOA – UMA CARTA DE CAMÕES DESCONHECIDA DURANTE 470 ANOS

A presente publicação do Epistolário Magno de Luís de Camões, em edição crítica, analítica e exegética, fundamenta-se na escrupulosa releitura das mais antigas fontes manuscritas e impressas, elevando o estudo da epistolografia clássica portuguesa a um novo patamar de exigência científica.

Esta obra em cinco volumes inicia-se com uma missiva votada ao ostracismo desde 1925. Adicionar quase mil e quinhentas palavras ao corpus camoniano é um feito a que desde há muito não se assistia. E não são meramente mais palavras, e sim uma colorida evocação de Celestina, a alcoviteira nascida da pena de Fernando de Rojas em 1499, que aqui revive na Madama del Puerto, a alcouceira que retorna a Lisboa após ter sido açoutada e banida da cidade.

Nesta extensa crónica das desvivências do submundo de Lisboa, iniciada pela proposição Por q̃ nẽ tudo seja falaruos de siso, Camões denuncia os engodos das toleradas para espoliaram do seu pré os jovens ceitis — mancebos conscritos para a praça militar de Ceuta — e também como as compradiças propagavam a pandemia de sífilis que assolava a Europa. O relato é rematado com a descrição de uma charanga carnavalesca que, às primeiras horas da madrugada, parte do porto de Lisboa rumo aos jardins de Horta Navia, em Alcântara, onde se celebrará um festival báquico.

Enquanto obra destinada tanto a uma audiência académica quanto a um público interessado, este estudo da carta Celestina em Lisboa concilia a erudição filológica, o rigor histórico e a mestria hermenêutica, com um tom ocasionalmente mais jocoso, entremetendo também algum latinzinho para aceder às propostas do próprio Camões.


EPISTOLÁRIO MAGNO DE LUÍS DE CAMÕES – 5 volumes

VOL. 1 CELESTINA EM LISBOA
                        CARTA VI — Por q̃ nẽ tudo seja falaruos de siso

VOL. 2 QUẼ TERA TÃ LIVRE O PENSAMENTO?
                        CARTA I — Huã de v m me deraõ tam guastada
                        CARTA II — Quem pode ser no mundo tã quieto
                        CARTA III — Aquella cuio peito em flama ardido
                        CARTA IV — Por usar costume antigo

VOL. 3 VISITAÇÃO AOS PAÇOS DE VÉNUS
                        CARTA V — Mandarame que lh’escreuesse
                        CARTA VII — Huã vossa me deraõ a qual pello descostume
                        CARTA VIII — Quanto mais tarde vos escreuo

VOL. 4 CÀ, & LÂ MÀS FADAS HA
                        (LETRAS DA ÍNDIA)
                        CARTA IX — Deſejei tanto hũa voſſa
                        SÁTIRA I — Eſte mundo es el camino
                        SÁTIRA II — E hũ q̃ bebia exceßiuamente
                        CARTA X — Esta uai com a candeia na maõ
                        CARTA XI — Aquelle vnico exemplo

VOL. 5 HORA TEMPERAIME LA ESSA GUAITA
                        CARTA XII — Quem ouuiu dizer nunca
                        Cartas perdidas
                        Receção crítica



A COLEÇÃO EPISTOLÁRIOS pretende reunir missivas de todas as épocas e culturas, exaradas num registo de destinação particular muito diverso daquele empregue em textos públicos.

À aparente efemeridade da carta contrapõe-se a intemporalidade da sua modulação intimista, como testemunho da dimensão mais imediata da natureza humana.



1.ª edição Julho 2022

Autores Luís Vaz de Camões, Felipe de Saavedra . Revisão científica José Camões (Teatro), Maria do Céu Fraga (Genologia) . Revisão de texto Conceição Candeias . Idioma português, castelhano, latim, grego

ISBN 978-989-54274-9-9 . Tiragem 500 exemplares .

Capa brochada com badanas e cinta-marcador . 308 páginas . 180 x 200 x 23 mm

Inclui um encarte com o fac-simile e leitura da Carta VI

€ 22,05 (c/10% de desconto + oferta de portes + IVA incluído) Comprar